sábado, 11 de agosto de 2012

Portugal tira energia das ondas do mar Portugal prepara-se para inaugurar o primeiro parque comercial de energia das ondas, capaz de fornecer energia "limpa" a 350 mil casas . As máquinas Pelamis, nome latino que designa as serpentes marítimas, desenhados por uma empresa escocesa que é líder mundial neste novo tipo de energia renovável, são compostas de vários cilindros vermelhos, cada um deles do tamanho de um pequeno comboio regional, conectados entre si, e que apontam na direcção das ondas. A nova tecnologia baseia-se na introdução da energia criada pelas ondas nos tubos, fazendo com que estes subam e desçam no leito do mar. A energia assim armazenada é depois ligada a um sistema hidráulico que a produz. As três serpentes marítimas serão em breve colocadas num ponto a cerca de cinco quilómetros da costa portuguesa, (perto da Póvoa de Varzim), a partir da qual a energia será bombeada para a rede nacional. Esta operação de alta tecnologia não está isenta de problemas. A data-limite para a instalação do parque estava programada para hoje, mas uma combinação entre mau tempo, pouca sorte e os riscos próprios de uma tecnologia nova tivera m como consequência que as máquinas se encontrem ainda em terra firme, à espera de uma oportunidade de mar calmo para que sejam colocadas no seu lugar final. As máquinas Pelamis foram desenhadas e construídas na Escócia pela empresa Pelamis Wave Power (PWP), mas a intervenção portuguesa foi decisiva para que o projecto adquirisse verdadeiro ímpeto. O dono da obra é a empresa portuguesa Enersis, com largo percurso na capítulo das energias renováveis. Admitindo que, inicialmente, a energia produzida pelo novo parque não seria rentável, a Enersis conseguiu do Governo a fixação de tarifas que tiram à questão da rentabilidade a sua natureza central.

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